Sometimes...

... there's just one thing left to say... P.S.: I love you...



Sim cliché e fútil e essas coisas todas, mas saí do cinema a sorrir e quase trazia o cartaz para casa, e se não fosse estar a pensar no jantar (Carina se estivesses aqui já sabes o que te diria...) tinha trazido mesmo, mas aquilo era de cartão e parece-me que não cabia na minha mala. Bom, não se compara ao Once, que é o único romance que me vêm à cabeça agora (talvez por se passar em Dublin), mas tem o Gerard Butler e sapatos engraçados, aliás muito engraçados. E a companhia também foi engraçada e o jantar depois foi bom. Bom, não faltou quase nada, a não ser tempo... mas é sempre assim quando uma pessoa se diverte.

A semana está a terminar, graças a deus e agora rio-me ao relembrar algumas peripécias ou relatos de peripécias (revistos hoje ao pequeno-almoço, enquanto toda a gente esperava que eu terminasse, pronto redimo-me publicamente), porque são esses os momentos que quero guardar. Se em todas as outras alturas, do que me recordo são as lágrimas e as amarguras, talvez porque vincam mais o coração, agora quero-me lembrar dos risos e das piadas e pronto, do bebé/pequenino/Rios a cantar "You shot me down, bang bang" e do Tiago a dizer asneiras e a rever as notícias com um fone num dos ouvidos e a mordiscar a colherzinha do café, ups se calhar não devia escrever isto aqui, de telefonar e ser bem atendida, de não ouvir a musiquinha clássica que do outro lado da linha soa tão mal, de estar um monte de gente no estúdio de rádio, de ver as outras pessoas (sim, eu não!) a chamar nomes a quem é mal-educado e chato, dos pequenos-almoços e das refeições da máquina de comida e do combustível para o stress da máquina de café, das reuniões de redacção logo pela manhã e do silêncio após cada proposta de notícia para o dia, das chamadas para o telemóvel ou de chegar e dizer "telefonaram da câmara municipal para ti", de telefonar para casa do telefone da faculdade, de vez em quando sem ninguém se aperceber, de chegar cedo a casa, ou de chegar tarde, mas feliz. Não quero que fiquem as frustrações e os problemas, quero que fiquem as lufadas de ar fresco.

Tenho feito uma das coisas que adoro fazer, escrever (não sobre o que eu gosto, mas para lá caminhamos), tenho conhecido pessoas e enchido a agenda de contactos (ainda virtual) e tenho visto o céu muitas vezes. E de vez em quando lembro-me de estar com as pessoas certas, à hora certa. E de conversar sobre coisas interessantes com pessoas interessantes. Finalmente descobri aquela pessoa com quem posso ter conversas meio absurdas meio realistas, parecidas com os diálogos dos filmes que ambos vemos e os livros que ambos lemos. E descobri que bebemos o café da mesma forma.

Não há nada como sonhar bem alto e bem acordada [e ter alguém que ampare as nossas quedas nas partes mais utópicas e irrealistas dos sonhos...acordados].


"Happiness is a sad song..."