Como saber a veracidade dos factos? Como acreditar no que vemos, ouvimos e sentimos? Sempre gostei do trabalho de investigação. Fazer de detective. Mas, como saber se o nosso cliente está a contar a verdade? Como saber se ele não nos está a manipular? Como saber se não é senão um criminoso ou maluquinho, mascarado de mãe desesperada, a chorar à minha frente e com provas bastante verosímis sobre a morte do filho?
Tenho à minha frente um relatório do médico legista e um monte de factos que não posso usar, por estarem em segredo de justiça. De mãos atadas e surpresa com a realidade dos (supostos) argumentos da mãe. Aqui dizem-me ser uma mulher obcecada, que ficou a bater mal com a morte do filho. Eu, que falei com ela, pergunto-me se assim não é. Mas, por outro lado, tudo o que vi era real, com assinaturas, carimbos, depoimentos. E os telefonemas que ela recebeu enquanto falava comigo? As ameaças que me deixou ouvir? O detective privado a telefonar-lhe para a avisar de uma "espera"? Devo acreditar que não passa de teatro? A troco de quê?
Quero acreditar que não estou a ser manipulada. E que tudo o que a senhora quer é justiça.
[peço desculpa pelo despropósito, estou a transformar isto num diário (quase) sentimental.]
"Happiness is a sad song..."
2 comments:
Nesses casos temos que depositar toda a nossa confiança na pessoa que está à nossa frente! I think... hmmm
Luninha, nós sempre fomos uma blogueiras viciadas (uii que exagero), mas digamos que não passamos sem o blog (outro exagero). Ok, realidade please: gostamos mesmo disto! :P
Hhehe
Beijocas
Sim, gostamos disto =D
Pois, eu ainda tenho as minhas dúvidas. Mas mesmo que duvidasse da sanidade da mulher... tenho relatórios clínicos que corroboram o que ela diz... com assinaturas legítimas. O problema é que isso ainda me põe mais na dúvida.
Biju***
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