é certo que a pressa, ao que parece, nunca fez grande bem a ninguém. contudo, eu não consigo evitar andar sempre acelerada, sempre com a cabeça no que vai acontecer e não no que acontece. péssimo hábito, não? depois acontece-me ter epifanias [vulgo rasgos de imaginação que brotam do nada e me deixam com cara de estúpida tal é a sua força para resistirem à firewall das responsabilidades – malditos pop-ups cheios de distracções], o que já por si é absurdo, sobre coisas bizarras e improváveis, de tal forma que diria conseguir ter pesadelos estando consciente da realidade [como quem diz].
isto ocorreu-me quando o meu pai me perguntou para onde ia eu um dia destes, que me viu a andar depressa pelo passeio e que parecia que ia apanhar o comboio [um que já teria passado, certamente]. isto dá um ar de andar sempre ocupada com alguma coisa [às vezes dá jeito], mas também dá estafa e má-disposição. então sempre que me apercebo desta pressa crónica – já a minha mãe diz que parece que “o mundo vai acabar amanhã”, ao que eu respondo que “isso é bem possível” – obrigo-me a respirar fundo, a libertar o stress através dos poros e a olhar em volta para reparar em pequenos pormenores que a pressa camufla. agora que estou aqui a escrever isto apercebo-me. contam-se pelos dedos esses momentos de súbita consicência. mas agora que paro é que me apercebo que o slow motion é uma preciosidade nos tempos que correm.
“happiness is a sad song…”
isto ocorreu-me quando o meu pai me perguntou para onde ia eu um dia destes, que me viu a andar depressa pelo passeio e que parecia que ia apanhar o comboio [um que já teria passado, certamente]. isto dá um ar de andar sempre ocupada com alguma coisa [às vezes dá jeito], mas também dá estafa e má-disposição. então sempre que me apercebo desta pressa crónica – já a minha mãe diz que parece que “o mundo vai acabar amanhã”, ao que eu respondo que “isso é bem possível” – obrigo-me a respirar fundo, a libertar o stress através dos poros e a olhar em volta para reparar em pequenos pormenores que a pressa camufla. agora que estou aqui a escrever isto apercebo-me. contam-se pelos dedos esses momentos de súbita consicência. mas agora que paro é que me apercebo que o slow motion é uma preciosidade nos tempos que correm.
“happiness is a sad song…”
2 comments:
Acho que o problema não é só teu. É geral. Vivemos com medo que o mundo acabe amanhã. E isso traduz-se em pressa de viver. Nem sempre de viver bem, mas de viver.
Entretanto, talvez seja bom leres aquele livro da rapariga que roubava livros. Cheira-me que, caso não gostes, vais ter muitas críticas interessantes sobre o enredo e os factos.
Beijo meu*
Nem mais...
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