Vamos dançar...

Vamos dançar.
Vamos esquecer os problemas e deixar os corpos flutuar no ar parado e seco, enquanto a brisa chama por nós pela janela entreaberta. Deixemo-nos levar pelo ritmo das ondas de som que invadem esta sala de emoções tempestuosas. Esqueçamos os defeitos um do outro (não precisamos deles para dançar!), esqueçamos que o resto do mundo existe. Esqueçamos que amanhã é outro dia e que hoje chove lá fora e a tarde é feia de cinzentos e pardos encarniçados pelo sol que não se vê, mas que se põe demasiado rápido.
Vamos dançar juntos, olhar um para o outro, entrelaçados neste movimento conjunto,
de mãos dadas, frente a frente,

de mãos dadas, juntos, nesta caminhada de sensações quase indefinidas
de mãos dadas, frente a frente, as passadas em sintonia,
o nosso ser na mesma direcção, duas faces da mesma moeda…
Vamos dançar, por favor.

Não precisamos de falar para que saibas em que direcção quero ir.
Deixemos que as notas musicais indiquem o caminho e sigamos juntos.
Vamos dançar, neste dia, sem precisar de marcar na agenda do tempo que não temos, sem termos de pedir autorização ao patrão, sem termos de ter o telemóvel à mão e as obrigações a pulularem na nossa mente.

Dancemos apenas… por favor?