quantos indecisos andam agora por aqui

Thursday, May 10, 2007

Momentos menos especiais

Engates. Até fico com arrepios ao lembrar-me de alguns. "Ó estrela queres cometa?", "Ó jóia anda aqui ao ourives!", "Ó broa quero casar com trigo"... estes ainda são mais ou menos e uma pessoa ri-se com eles.
Mas há aqueles que são tão foleiros que nem sequer conseguimos modificar a nossa expressão facial (valha-nos S.Marinho!).
As noites de queima são o cenário perfeito para esses desesperados do engate atacarem as mais desprevenidas. É vê-los em algum canto, com um copo de cerveja na mão, olhar de quem já perdeu a conta ao que bebeu e um piscar de olhos que já passou de moda há muito.
Ontem foi no mínimo enervante a quantidade de tentativas desses pseudo Don Juans. Mas houve duas que sobressairam.

Primeiro, numa barraca que não vou identificar e com pessoas que também não vou identificar (imaginem as vozes de robot da televisão). Um tipo mais baixo do que eu, coisa que detesto, a chegar-se demasiado a mim e a abraçar-me. O pior é que ele era amigo de uma amiga e isso foi a única coisa que me impediu de o mandar passear de uma vez. Perguntou-me o nome e eis que a Jasmine volta a atacar. Perguntou-me em ano é que eu andava, eu respondi que era o 4º. Perguntou-me se alguém já me tinha dito que eu tinha os olhos mais bonitos que ele já tinha visto na queima. Eu respondi que sim, duas pessoas naquele dia. E depois perguntou-me em que curso é que eu andava e eu, como a música tinha ficado mais alta, virei-me de costas para lhe responder com o que estava estampado na minha t-shirt. E então ele dá-me um beijo no pescoço. E aí... perdi a paciência e vim-me embora. Odeio beijos no pescoço, dados por bocas desconhecidas e molhadas... ugh...

Segundo... a ir para o metro com o pessoal. No sítio onde se valida o título de transporte (aqui denominado "Andante") estava um rapaz que eu me lembro vagamente de ter visto em alguns sítios (nocturnos) académicos e que sem mais nem menos me deu um estalinho na testa. A rapariga que estava ao lado dele, e que pelos vistos o conhecia, deu-lhe automaticamente um estalo na cara. Eu fiquei tão desorientada que nem reagi. E ele deu-me outro estalinho e levou um estalo na cara. E outro. E levou outro estalo. E eu comecei-me a rir (provavelmente devido aos restos de álcool no sangue). Os amigos dele, claramente, todos amigos do heavy metal, esse senhor que os faz andar vestidos de preto, manter cabelos mais ou menos compridos e t-shirts que indiciam o seu amor por esse senhor género musical. A verdade é que tenho um fraquinho por esse tipo de estilo...
Bom, os amigos começaram a elogiar-me. "Olha que bonita!", "Tens um ar exótico!"... coisas desse género. Eu não liguei e segui com os meus amigos.
Já no metro, o grupo não parou de cantar. Pobres das pessoas que tinham apanhado aquele mesmo metro para ir trabalhar... quando dispersaram, um deles foi embora pela porta à qual eu estava encostada e disse-me "Tens uma pele muito bonita!" e eu respondi "Obrigado"... e ele disse "Até à próxima" e saiu... e ficou parado enquanto o metro seguiu e fez-me adeus.
Pensando agora bem, ele era o mais giro do grupo... e apesar de tudo o que ele disse pareceu sincero e, apesar de ter algumas semelhanças com uma técnica de engate, foi muito mais apreciado do que todas as bocas "engatadianas" que me mandaram nessa noite.

"Happiness is a sad song..."

5 comments:

Anonymous said...

ahahahahahahahahahahahahah
ahahahahahahah
ahahahahahahaha

Anonymous said...

Havia de tar aí pa lhes dar um murro na cara!

Anonymous said...

A luna é uma gaja porreira
A luna é uma gaja porreira
A luna é uma gaja porreira
Ninguém o pode negar!

Isto foi o que tu me cantaste no outro dia... agora chegou a vez de retribuir pessoalmente... mas para que NINGUÉM fique com ciumes... és uma grande AMIGA hehehe

Anonymous said...

Eu n sou ciumento :S Sou apenas um pretendente extremoso hahahaha

Anonymous said...

Já paravam de teclar como se eu n estivesse aqui!