Saio de casa e sinto a brisa fresca e ao mesmo tempo quente. Estou cheia de sono, mas não deixo de inspirar o perfume suave daquelas árvores que semeiam flores no passeio e que me fazem sentir como uma espécie de Alice na cidade. Sei que vou chegar à nossa pseudo-redacção e vou encontrar o Sérgio a discutir futebol com os outros (poucos) rapazes e que vou ouvir quase o mesmo de sempre, as acusações e as exclamações que para mim são praticamente chinês, até a reunião começar, e que depois da reunião terminar eu vou ficar com alguma notícia um pouco (só um pouco) menos interessante do que aquilo que estava à espera e que a seguir vamos ler jornais e gozar com alguns títulos e com algumas passagens das notícias até o bar abrir, para depois toda a gente gozar com a minha lentidão a comer as torradas.
Mas foi diferente, porque o sub-chefinho levou-nos um bolo, assim do nada, por entre c******* e f******* e outros que tais, colocou-o em cima da mesa antes da reunião começar. Era um folar do Algarve, com um aspecto esquisito mas muito bom. "Hum, que veneno utilizaste?", "Terá sido depuralina?", "Traz uma serra para o cortarmos", dissemos nós enquanto o senhor Coelho chegava, finalmente com o Jogo, que surripia sempre de entre todos os jornais porque é o primeiro a ir recebê-los ao senhor que religiosamente os vem deixar à secretaria, e com o sorriso de sempre nos colocou uma garrafa de chá verde (isto para não referir a marca) em cima da mesa.
Foi um pequeno-almoço interessante, no meio das notícias. Cortesia do sub-chefinho que pragueja muito, mas que até é simpático.
Aproveitei o sol com a Carina, depois de almoço, confortavelmente sentadas em frente à janela, quase sem vista nenhuma. Conversa em dia, piadas e essas coisas que se fazem enquanto se tenta afugentar o sono de depois de almoço. Gozar com o Sérgio por telefonar para os sítios e dizer "Olhe é só um favorzinho..." e só depois apresentar-se e com outros dizeres a que temos prestado mais atenção ultimamente...
E eis que chega a hora das piadas mórbidas e nós que gozamos com tudo, até com os Jogos Paralímpicos, gozamos connosco próprias também, porque esta foto que tirei faz parecer que a Carina tem algum tipo de deficiência naquele braço e rimo-nos que nem tontas de coisas sérias. Enfim, horas de almoço...
Estudante encontrada morta nos corredores da faculdade, diz a Carina. E rimo-nos mais. Não, não estou morta, estou só a recuperar do sol ali no meio do corredor onde está fresquinho. E por pouco não adormeci... realmente somos mórbidas, ó Carina.
Às vezes tenho inveja dos gatos. Deste principalmente, sempre naquele mesmo sítio a apanhar sol ou nevoeiro, sempre com o mesmo ar lânguido de gato de rua que não tem nada para fazer além de observar e dormir e comer o que lhe dão. Sortudo, digo eu.
[e enquanto escrevo isto a Carina adormece em frente ao computador, com os óculos tortos e a mão no rato como se quisesse clicar nalgum sonho preferido...]
"Happiness is a sad song..."
Mas foi diferente, porque o sub-chefinho levou-nos um bolo, assim do nada, por entre c******* e f******* e outros que tais, colocou-o em cima da mesa antes da reunião começar. Era um folar do Algarve, com um aspecto esquisito mas muito bom. "Hum, que veneno utilizaste?", "Terá sido depuralina?", "Traz uma serra para o cortarmos", dissemos nós enquanto o senhor Coelho chegava, finalmente com o Jogo, que surripia sempre de entre todos os jornais porque é o primeiro a ir recebê-los ao senhor que religiosamente os vem deixar à secretaria, e com o sorriso de sempre nos colocou uma garrafa de chá verde (isto para não referir a marca) em cima da mesa.
Foi um pequeno-almoço interessante, no meio das notícias. Cortesia do sub-chefinho que pragueja muito, mas que até é simpático.
Aproveitei o sol com a Carina, depois de almoço, confortavelmente sentadas em frente à janela, quase sem vista nenhuma. Conversa em dia, piadas e essas coisas que se fazem enquanto se tenta afugentar o sono de depois de almoço. Gozar com o Sérgio por telefonar para os sítios e dizer "Olhe é só um favorzinho..." e só depois apresentar-se e com outros dizeres a que temos prestado mais atenção ultimamente...
E eis que chega a hora das piadas mórbidas e nós que gozamos com tudo, até com os Jogos Paralímpicos, gozamos connosco próprias também, porque esta foto que tirei faz parecer que a Carina tem algum tipo de deficiência naquele braço e rimo-nos que nem tontas de coisas sérias. Enfim, horas de almoço...
Estudante encontrada morta nos corredores da faculdade, diz a Carina. E rimo-nos mais. Não, não estou morta, estou só a recuperar do sol ali no meio do corredor onde está fresquinho. E por pouco não adormeci... realmente somos mórbidas, ó Carina.
Às vezes tenho inveja dos gatos. Deste principalmente, sempre naquele mesmo sítio a apanhar sol ou nevoeiro, sempre com o mesmo ar lânguido de gato de rua que não tem nada para fazer além de observar e dormir e comer o que lhe dão. Sortudo, digo eu.
[e enquanto escrevo isto a Carina adormece em frente ao computador, com os óculos tortos e a mão no rato como se quisesse clicar nalgum sonho preferido...]
"Happiness is a sad song..."
2 comments:
Também quero dias assim!
Beijo
O único comentário que este post merece é... "sem comentários!" lol
Vocês são únicas, só tenho pena de não partilhar tudinho com vocês (isto parece um bocado gay, mas acho que me percebes lol)
Quanto ao gato... ele tem mesmo aquele olhar de "tu vais, tu voltas, tu trabalhas e eu aqui... na boa! [e agora apetecia-me pôr aqui um palavrão, mas não ponho por respeito a ti e aos teus leitores lol]"
WY******
Post a Comment