Encontrar uma carteira de verniz vermelho em pleno metro, abri-la e ver que está cheia de dinheiro (uns 370€), mas sem cartões de identificação, para depois descobrir um monte de talões com números, e também um cartão de um ginásio e a partir daí enveredar numa investigação, ao que parece, perigosa, que terminou comigo a ir à polícia, e fazer amizade com um comandante só porque também nasceu em Moçambique, e com outro que perguntou qual era a minha profissão e que fez um gesto de condescendência quando eu respondi que era recentemente jornalista, e receber um monte de elogios, eu e a minha amiga que encontramos a carteira, por não termos ficado com o dinheiro[por sermos bananas é o que é] e depois achar que tudo está resolvido até receber telefonemas suspeitos no telemóvel, ah que me esqueci que telefonei para o suposto número da dona da carteira, que perdeu o telemóvel, que deve estar com criminosos ou assim, e que deixei o meu contacto, e toda a gente receosa, menos eu, que continuo nas minhas andanças a ver tipos a descer escadas e ladeiras íngremes em bicicletas e a fazer mais amizades que contactos.
Por aqui trabalha-se muito, mas diverte-se muito mais.
E um à parte... não é que desde que conheci a senhora que faz os horóscopos, sinto ainda mais que aquelas previsões não podiam ser para outra pessoa senão para mim?
"Happiness is a sad song..."
6 comments:
Qualquer dia escreves as notícias enquanto vês o pôr do sol aos quadradinhos :P hahaha
beijinhos
lol que filme! :))
Beijinhosss
Linda menina... Assim ja goto di ti :)
E um aparte... Quero conhecer essa senhora dos horóscopos, mas só se disser coisas boas ;)))
Hoje lembrei-me de ti. Suspirei quando dei comigo a pensar o que leva alguém a escolher esta profissão. Não sei o que te move a ti. Não sei que sonhos carregas. Não sei quase nada sobre as tais motivações que, de uma forma ou de outra, todos trazemos às costas até ao dia em que nos mostram que isto é tudo menos romântico.
Hoje quem manda quer ver-nos longe da rua, das pessoas simples, dos cantos escuros. "Porque esas pequenas coisas não interessam nada", gritam orgulhosos. E nós? E os sonhos? E o romantismo que carregamos?
Hoje não!
PUTA DE PROFISSÃO!
aquele bj
Marta,
dps tens que me ir visitar =p
Ml,
acho que nunca te vi por aqui =D bem-vinda!
Sandrina,
passa aqui que eu apresento-ta =p pode ser que ela também saiba ler a sina...
Kokas,
Hum... é bom ser lembrada por alguém com quem temos tanto em comum. Porque escolhi esta profissão? Primeiro, porque sempre quis ganhar a vida (como quem diz sobreviver, principalmente quando vivemos num país como este) a escrever; segundo porque quero mudar o mundo, o que é uma pretensão estapafúrdia, mas desde pequena ninguém me tira isso da cabeça; terceiro, porque é aquele sonho, aquele que fica colado e que só sai quando o concretizamos. O que conduziu a minha entrevista insistiu para eu ficar na secção de online, mas eu insisti em fazer trabalho de terreno. Hoje falei com um senhor de um bairro e ele disse no meio de uma conferência de imprensa, a olhar directamente para mim, que agradece a presença da imprensa e que espera que para o ano estejamos todos ali, outra vez reunidos. Senti as palavras no coração, porque significou que não estava a fazer o típico trabalho de lambe-botas, que é ir a projectos de reabilitação de presidentes de câmara, em epoca de eleições e assim.
Não posso dizer que estou a fazer o que gosto, mas parece que para lá caminho... principalmente porque (ainda) me deixam ir aos sítios e expressar o meu romantismo."Deixa lá, é estagiária", pensam eles de forma condescendente.
Os sonhos ninguem os pode tirar e devemos ser nós a protegê-los para que nao nos tirem... mas isto já é romantismo a mais, talvez.
Aquele beijo***
Mas que 'filme' que por aí vai:)
Enfim, gosto da tua simplicidade:)
Beijinho*
Post a Comment