quantos indecisos andam agora por aqui

Sunday, January 18, 2009

fim.

Encerrei definitivamente 2008 no fundo de uma gaveta, debaixo de toda a espécie de quinquilharias e objectos inúteis. E custou - se custou! - e não me sinto mais leve, nem mais alegre, nem mais nada. Foi uma tarefa algo dolorosa, quase como abafar um choro quando ele está prestes a rebentar. Mas já está e se não me sinto completamente feliz, as minhas últimas conversas mais inspiradoras ensinaram-me que devo ficar grata por também não estar triste.


Há aromas que me trazem resquícios de memórias, como areia fina que invade os espaços junto à praia, mas deixo-me perder neles, sonhando acordada, brincando com as pequenas lembranças. Por vezes é bom deixarmo-nos levar. É quando estamos mais distraídos que nos surgem as surpresas mais inesperadas - mas aqui estou eu a espreitar pelo ombro, à espera de as ver e, se elas forem como eu penso que são, vão-me surgir pela frente só para me surpreender, as marotas.

Não tarda vou-me esquecer de tudo isto, para apenas me relembrar quando tudo acontecer semelhantemente de novo. Há memórias que se escapam - talvez seja um tipo de mecanismo de defesa - para depois voltarem, como filhos pródigos. Vou aproveitar enquanto essas memórias estiverem ausentes: talvez esse seja o melhor momento para ser feliz.

Malditas insónias que fazem pensar (no que não se deve).

"Happiness is a sad song..."

6 comments:

Lunático said...

Diz antes: benditas insónias que te fazem escrever como escreves.

Às vezes é bom enterrar o passado... e esquecê-lo, nem que seja por momentos =)

beijo meu*

m said...

Se 2008 já está arrumado, tranca bem à chave o ''baú'' ou a ''gaveta''. Não voltes a abrir. Abre a janela, respira fundo e inspira o ar que vem de fora. Senta-te, contemplando o mar (ou a Lua), e repara que 2009 já começou e que tens muita coisa para aproveitar. Ele espera por ti, mas não durante muito tempo. Vai, embarca! Não te vais arrepender. Se as insónias tiverem que acontecer (outra vez), deixa estar. Já lá foi o tempo em que me queixava das insónias e dos assaltos de pensamentos indesejados. Deixá-los roubar, um pouco, a nossa tranquilidade. Porque depois de termos sido vítimas deste ''roubo'', crescemos e limamos arestas! Vivemos!

Beijo grande

Sandra said...

Se tens razão Luna, é quando não conseguimos dormir que pensamos sempre no que não devemos, e naquilo que mais triste nos põe.
No entanto, acho que é bom que as lembranças não se apaguem. Pelo menos, as boas.
Temos que ficar felizes porque determinada siutuação com uma determinada pessoa aconteceu. Seja ela alguém que já partiu, ou um amor que já acabou..

Temos que ser fortes e capazes de aguentar a presença delas, das lembranças..

Beijinhos

ML said...

Agora é a minha vez de dar um grande suspiro e dizer: "como eu te compreendo"!

Sara non c'e said...

Catano.. consegues enterrar um ano inteiro? os anos não se enterram pah! enterram-se os momentos menos bons e mesmo esses servem quase sempre para alguma coisinha... nao percas tempo com enterros porque as coisas enterram-se sozinhas, ao estilo biodegradável... uns mais depressa, outros nem tanto..
Os fotógrafos mais fixes do planeta foram o F. Oliveira e o J. P. Coutinho. Salvou-se o mega-fixe Leonel... aquilo está complicado.. sorte a minha, que só fico mais 3 dias lá*

By myself said...

Sorry, mas incluí-te num desafio "lá por casa". Teve que ser...
Beijinho