não sei se é impressão minha, mas acho que as pessoas andam a ler mais. no comboio, nas salas de espera, nas paragens dos autocarros. a ler livros.
claro, agora poderíamos partir para uma discussão interessantíssima sobre o conteúdo dos livros, que talvez deitasse por terra a boa-vontade de tentar aprender alguma coisa através de palavras de outrém, mas isso são contas de outro rosário - li esta expressão num livro pelo qual perpassei os olhos e ela ficou-me colada nos dedos.
gosto de ver pessoas a ler. cada uma delas tem uma forma diferente de pegar num livro. a que mais gosto é daquela maneira de colocar a mão direita sobre a parte mais baixa da lombada, em forma de apoio de púlpito, e a mão esquerda da mesma forma na parte de cima, mas com os dedos em forma de gancho, como um clip ou uma mola, a segurar as páginas para o vento não as levar. não gosto daquela maneira de ler em que se fazem beijar a capa e a contracapa, deixando na lombada várias marcas à medida que se avança no livro, especialmente se ele for em paperback - no entanto, por vezes, utilizo essa forma.
gosto de ver pessoas com livros grandes, especialmente se forem clássicos e/ou livros que já me passaram pelas mãos. não, aquele Twilight e outros que tais não contam - já li esses, claro está, que também eu adiro aos fenómenos massificados. acho que cada vez de lê mais livros maus e que continuar nesse rodopio de palavras gastas gasta também o cérebro e faz com que se leiam mais livros maus e tenho medo que o ciclo nunca acabe. sim, eu também já livros maus, mau conteúdo e mau estilo e erros ortográficos e falhas na concordância e outras garatujas literárias que me irritam mais do que eu gostaria. isso não implica que eu não leia livros bons, na maior parte das vezes em jeito de catarse. por coincidência, penso que já vou no terceiro livro bom de seguida e cheira-me que o quarto não vai quebrar a corrente.
adiante. acho que demasiada escolha literária também faz mal. pessoas indecisas como eu acabam por levar tudo o que lhes interessa, se as circunstâncias o permitirem; pessoas desleixadas não levam nenhum; pessoas influenciáveis levam o que toda a gente leva - e se a maioria lê literatura instantânea, também elas se tornam instantaneamente parte das massas.
tenho a certeza. há cada vez mais pessoas com livros na mão. isso não quer dizem que leiam, apenas quer dizer que andam por aí a gastar livros e, com sorte, a especializarem-se em palavras que sempre conheceram. não é mau. mas podia ser bem melhor.
"happiness is a sad song..."
claro, agora poderíamos partir para uma discussão interessantíssima sobre o conteúdo dos livros, que talvez deitasse por terra a boa-vontade de tentar aprender alguma coisa através de palavras de outrém, mas isso são contas de outro rosário - li esta expressão num livro pelo qual perpassei os olhos e ela ficou-me colada nos dedos.
gosto de ver pessoas a ler. cada uma delas tem uma forma diferente de pegar num livro. a que mais gosto é daquela maneira de colocar a mão direita sobre a parte mais baixa da lombada, em forma de apoio de púlpito, e a mão esquerda da mesma forma na parte de cima, mas com os dedos em forma de gancho, como um clip ou uma mola, a segurar as páginas para o vento não as levar. não gosto daquela maneira de ler em que se fazem beijar a capa e a contracapa, deixando na lombada várias marcas à medida que se avança no livro, especialmente se ele for em paperback - no entanto, por vezes, utilizo essa forma.
gosto de ver pessoas com livros grandes, especialmente se forem clássicos e/ou livros que já me passaram pelas mãos. não, aquele Twilight e outros que tais não contam - já li esses, claro está, que também eu adiro aos fenómenos massificados. acho que cada vez de lê mais livros maus e que continuar nesse rodopio de palavras gastas gasta também o cérebro e faz com que se leiam mais livros maus e tenho medo que o ciclo nunca acabe. sim, eu também já livros maus, mau conteúdo e mau estilo e erros ortográficos e falhas na concordância e outras garatujas literárias que me irritam mais do que eu gostaria. isso não implica que eu não leia livros bons, na maior parte das vezes em jeito de catarse. por coincidência, penso que já vou no terceiro livro bom de seguida e cheira-me que o quarto não vai quebrar a corrente.
adiante. acho que demasiada escolha literária também faz mal. pessoas indecisas como eu acabam por levar tudo o que lhes interessa, se as circunstâncias o permitirem; pessoas desleixadas não levam nenhum; pessoas influenciáveis levam o que toda a gente leva - e se a maioria lê literatura instantânea, também elas se tornam instantaneamente parte das massas.
tenho a certeza. há cada vez mais pessoas com livros na mão. isso não quer dizem que leiam, apenas quer dizer que andam por aí a gastar livros e, com sorte, a especializarem-se em palavras que sempre conheceram. não é mau. mas podia ser bem melhor.
"happiness is a sad song..."
5 comments:
Resumiste a minha opinião na tua última frase. "Não é mau, mas podia ser bem melhor."
No entanto, continuo rodeada de pessoas que ainda não lêem e me apelidam de - traduzido do dicionário delas para o meu - geek.
Bah!
O QUE É QUE TU ANDAS A LER MACAQUINHAAA :D ? juasss *
Pois, eu de cada vez que vou a uma livraria ando com dez ou mais livros na mão até começar a olhar para os preços e levar só dois...
Mas enfim, os livros normalmente são bons e não aqueles que quando acabamos de ler, acabou e ponto final. Gosto mesmo é daqueles que lemos e relemos e eles nunca perdem a magia, ficam a remoer a nossa cabeça durante uma semana...
Livros bons...
Beijinhos
A leitura é um hábito muito bom e do qual sou bastante fã, mas neste momento, está um pouco parado... infelizmente..
beijo
Até nos livros maus consigo encontrar virtudes... são óptimos para adormecer. Difícil mesmo é encontrar literatura que me dê vontade de passar a noite acordado!!!
Jace
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