tenho a impressão de que não ter nada para fazer é bem pior do que ter muita coisa. mais depressa morro de tédio do que de ocupação. ou mesmo que a ocupação traga stress, o pior que pode acontecer é ter de tomar ansiolíticos. mas o que se toma para curar o aborrecimento? pois, era aí que eu queria chegar. não há cura nem antídoto ou alternativa.
bocejos à parte, tinha de escrever porque hoje é o penúltimo dia do ano e apesar de não gostar de contagens decrescentes - normalmente aceleram o coração por nada de especial, acaba sempre por ser fogo de vista - tenho uma paranóia que me faz precipitar-me para as coisas: acredito piamente que vou morrer abruptamente, sem conseguir despedir-me de quem gosto ou deixar um legado digno ou deixar mais um pouco da minha marca no mundo. talvez seja por isso que continuo a escrever aqui, mesmo que não tenha um assunto interessante - como agora. pois que esta paranóia me faz pensar que eu ou o mundo vamos acabar. isso leva-me a fazer coisas impulsivas, claro está, mas nos últimos dias do ano até se passa despercebido com essas coisas. não estou com isto a justificar coisas impulsivas que tenha feito nos últimos dias, até porque têm sido muito calmos - demasiado, demasiadíssimo calmos - ou a dizer que devemos todos ser assim, até porque não desejo este estado de espírito a ninguém.
depois deste exagero em torno de um assunto sem interesse, posso voltar a todos os outros assuntos sem interesse que moldam o meu dia. só o dia, as noites são dedicadas a coisas boas.ah! agora já sei porque respondi àquela pergunta do formspring "que altura do dia preferes" com "noite". faz sentido.
"happiness is a sad song..."
1 comment:
Afinal, ainda não morreste abruptamente.
E desde esta data, desde aqui, até ao dia de hoje...
O tempo passa.
:)
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