A brincar, a brincar...

De vez em quando gosto da pressão. Só de vez em quando. Hoje não gostei. Foi um dia engraçado. Entrevistar o presidente da Agência de Energia do Porto, que foi muito simpático, respondeu à minha questão e depois disse que o melhor era contactar o vereador Lino Ferreira, “e se não conseguir telefone para mim”, e adorei poder preencher a agenda de contactos com mais um. Entrevistar o presidente da direcção do Banco Alimentar contra a Fome, depois entrevistar uma especialista em sociologia do trabalho e logo a seguir o presidente da Rede Europeia Anti-pobreza. E depois uns quantos telefonemas falhados. Foi produtivo. E ao fim da tarde fazer à pressa uma peça para rádio com esta voz fanhosa e o nariz entupido. Não ficou bem colocada a voz, mas deixo aqui a notícia que foi gentilmente publicada, apesar da falta de jeito de hoje [e de todas as outras vezes, porque rádio não é a minha praia].

Apesar de estar a estagiar na área de imprensa, tenho também que produzir para televisão e para rádio… e esta falta de ideias que não acaba! É engraçado sentir-me integrada. Hoje senti isso quando mandei uma piada ao pseudo-chefe-de-redacção. Pseudo apenas porque ele já salientou que é apenas colega. E quando propus uma coisinha e quando contribui com alguma coisa para o nosso portal e quando estive em amena cavaqueira e me ri de algumas piadas.

A verdade é que até gosto. Não pensei que fosse gostar. Não pensei que fosse pensar nisso, apenas pensei que fosse fazer, talvez mecanicamente o trabalho. Mas deixo-me sempre envolver pelas emoções, nem que seja pelo depoimento de uma ou outra pessoa ou por uma ou outra coisa nova que vou aprendendo. Não publiquei nada durante uma semana, mas vou trabalhando ainda lentamente, reunindo declarações (ou não) e informando-me. Gosto mais de fazer reportagens do que peças. Prefiro aprofundar do que simplesmente esclarecer por alto. E pé ante pé, vou descobrindo o caminho de se fazer as coisas, vou aprendendo e ensinando, vou entrando devagarinho neste novo mundo. Não mete medo, quase apavora, mas é como uma droga. Quanto mais provo mais quero e quanto mais quero mais me vicio. Não percebo se gosto ou se não gosto. Já devia saber isso, mas dois anos e meio não foram suficientes. Mas se não desgosto, menos mal.

Hoje o Público fez-nos referência. Ou melhor, o senhor Rui Tavares, que escreve na última página: «Os estudantes de Jornalismo da Universidade do Porto, que têm um belo sítio na Internet, fizeram chegar até mim uma mensagem com perguntas sobre a independência do Kosovo, à qual respondi o melhor que pude.» Ora, nós ficámos todos babados, claro está.

[Aqui fica o link para o nosso "belo sítio"]

“Happiness is a sad song…”