do comodismo

As agências de notícias facilitam muito o trabalho daqueles que estão constantemente a ser pressionados pelo factor tempo. São práticas quando há poucos meios para fazer deslocar correspondentes a outras partes do globo. São acessíveis porque estão na internet. No entanto, tornam repetitivas as notícias, porque vai tudo buscar ao mesmo sítio e quando isso acontece, os assuntos tornam-se aborrecidos e quando há erros, os erros propagam-se de uma forma extraordinária.

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Tem os seus prós e contras, mas eu apenas vejo os contras. Acredito no velho jornalismo, aquele que promove a investigação, os blocos de notas preenchidos com informações recolhidas in loco ou junto de testemunhas, as pestanas queimadas, o perigo, as correrias, as portas fechadas na cara, as súbitas cachas, a irreverência, a escrita individualizada e personalizada. Mas o que vejo, quando abro os jornais, é parágrafos inteiros iguais, expressões repetidas, palavras familiares. Somos filhos do comodismo e da falta de recursos. Por essa perspectiva, preferia trabalhar para o 24 Horas ou para o Correio da Manhã. Viva a investigação, mesmo que seja a sórdida. Ao menos há originalidade.

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[estou estou nos oitos ou nos oitentas]

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"Happiness is a sad song..."