desconcerto...

Há muito que não sentia as borboletas no estômago. Às vezes são vespas. Não lhes senti a falta, para dizer a verdade, e não lhes fiz nenhum apelo para voltarem. Mas aqui estão elas, nos momentos mais inconvenientes. Outrora, isto teria o gostinho do proibido, a doce ilusão do engano, a empolgação que quase nos faz dar pulinhos. Hoje, agora, neste preciso momento, basta a simples alusão a um nome para me desconcentrar e isso não faz bem nenhum ao trabalho. Quando o que se quer escrever não necessita de paixão, é melhor não senti-la nesse momento, disse-me a M., certa vez. Dou-lhe toda a razão.

O pior de tudo é o destino ter como destino contrariar as nossas vontades. E depois dou de caras com o fruto do meu desconcerto em todas as esquinas e em todos os trabalhos. Aquilo da paixão e da escrita também se adapta a outras coisas. Como levar um alcoólico a uma loja de vinhos, disse ela. Eu reencaminhei a mensagem a quem mais precisou. É incrível como, às vezes, quando menos esperamos há pessoas completamente opostas a nós, que estão precisamente na mesma situação.

“Happiness is a sad song…”

P.S.: O que escrevi não faz grande sentido, pois não? =/