Sobrevivi ao Natal. Próxima etapa: sobreviver à passagem de ano. A partir daí volto a ser eu [talvez]. Ou talvez esta já seja eu.
Ontem foi um dia animado, interessante, cheio de pessoas que traziam nas mãos saquinhos coloridos e brilhantes, com embrulhos garridos e lembranças para todo o sempre. Se preferia ter passado o Natal de forma mais calma, não me arrependi de me ter juntado aos amigos e à família, num refúgio improvisado, debaixo de azevinhos e enfeites que piscavam. Não encontrei o espectro, mas parece-me que estive lá perto. As piadas do costume, as perguntas do costume, eu no meio da mesa, entre duas famílias que mal se conhecem, mas que se dão muito bem [por não se conhecerem, talvez]. Claro, as atenções centradas em mim, com as mesmas suposições indiscretas e questões irrelevantes: já estou habituada a não conseguir ficar quieta num canto, perto da lareira a crepitar de fogo morno, com os meus pensamentos a rodopiar e a atenção na lua.
E hoje, parece que há mais festa. E lá vai a Luna, arrastada por um bando de seres que não suportam viver na solidão as suas casas e que insistem para que eu me junte aos seus devaneios e ceias demasiado abastadas. Como anseio por uma noite de descanso, no meu lugar preferido do sofá e um livro [foi-me oferecido um que tem um gato na capa e que me inspira para noites em claro].
Foi o primeiro Natal sem a Mimi, disse eu, na viagem de volta, com os grilos a sussurrar. Não, replicou o mano, não te lembras do gatinho que entrou hoje de manhã pela nossa janela? Ah é verdade, o gatinho de manchas negras que resolveu fazer-nos uma visita e se escondeu debaixo da cama dos nossos pais. Era o espírito da Mimi, murmurou ele, como se estivesse a contar um segredo.
"Happiness is a sad song..."
Ontem foi um dia animado, interessante, cheio de pessoas que traziam nas mãos saquinhos coloridos e brilhantes, com embrulhos garridos e lembranças para todo o sempre. Se preferia ter passado o Natal de forma mais calma, não me arrependi de me ter juntado aos amigos e à família, num refúgio improvisado, debaixo de azevinhos e enfeites que piscavam. Não encontrei o espectro, mas parece-me que estive lá perto. As piadas do costume, as perguntas do costume, eu no meio da mesa, entre duas famílias que mal se conhecem, mas que se dão muito bem [por não se conhecerem, talvez]. Claro, as atenções centradas em mim, com as mesmas suposições indiscretas e questões irrelevantes: já estou habituada a não conseguir ficar quieta num canto, perto da lareira a crepitar de fogo morno, com os meus pensamentos a rodopiar e a atenção na lua.
E hoje, parece que há mais festa. E lá vai a Luna, arrastada por um bando de seres que não suportam viver na solidão as suas casas e que insistem para que eu me junte aos seus devaneios e ceias demasiado abastadas. Como anseio por uma noite de descanso, no meu lugar preferido do sofá e um livro [foi-me oferecido um que tem um gato na capa e que me inspira para noites em claro].
Foi o primeiro Natal sem a Mimi, disse eu, na viagem de volta, com os grilos a sussurrar. Não, replicou o mano, não te lembras do gatinho que entrou hoje de manhã pela nossa janela? Ah é verdade, o gatinho de manchas negras que resolveu fazer-nos uma visita e se escondeu debaixo da cama dos nossos pais. Era o espírito da Mimi, murmurou ele, como se estivesse a contar um segredo.
"Happiness is a sad song..."
6 comments:
Luna, é a magia do Natal e do dia seguinte ao Natal. Aproveita, que não dura sempre.
Claro que era o espírito da Mimi. Ela sentiu que estavas a precisar ;)
beijo*
- Olá miúda! (olhar provocador, mãozinha a passar pelo lábio. reencarnação do Johnny Bravo).
- Deves ter a mania, deves?!.
Brincadeiras introdutórias à parte. Espero que faças muitas festinhas ao gato (não esse que tás a pensar. Ao do livro. Ai essa cabecinha! lol).
Quando é que mudas a cara ao blog?
ah! É verdade. E esse Natal como correu? Ouvi dizer que foi óptimo?:B
Ainda tenho uma coisa para ti. (que diga-se de passagem, já não tem piada nenhuma).
Quando é que te volto a ver? (se visses as mensagens a tempo!)
bom, fico-me por aqui. Vou ali por uma velinha ao S.Pedro para ver se é possível chover mais. lol).
Paulo
É sempre um prazer ler-te. As tuas palavras ficam cá dentro e toda a doçura e calma que transmites faz com que eu acabe saborear cada post com um sorriso nos lábios. Repito: é sempre um prazer ler-te! Não páres nunca!
Feliz Ano Novo!! :)
Beijinhos
assustei-me quando vi o título...
Minha querida, infelizmente não tenho tido tempo de passar por aqui:S No entanto, tal como sempre, é um prazer ler as tuas palavras. Hoje passo apenas para desejar um 2009 repleto de concretização de sonhos e de perfeição:)
Beijinho*
Luninha, tens um desafio no meu blog! :)
Beijinhos
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