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A minha mãe comprava-as e estendia-me o pacote depois de me ir buscar ao infantário que se chamava Borboleta. Quando soube que eu preferia as cor-de-rosa, passou a comprar para ela também e comia todas menos essas e depois juntava muitas no mesmo pacote e oferecia-me. Isto era na mesma altura em que me comprava blocos em miniatura, perfumados e com gravuras fofinhas, e lápis também em minitura, mesmo antes de eu saber escrever - talvez a loucura tenha começado aí. Não sei o que fiz a essas coisas, mas sei que tive uma grande colecção.
Depois veio a altura dos brindes em pacotes de batatas fritas, os brincos redondos e de cores opacas e os pega-monstros. Antes ou depois disso, não tenho a certeza, a moda das chupetas, que coleccionávamos em colares. E depois a moda dos walkman, eu punha-me a gravar músicas do rádio, tentando manter o timing certo para não apanhar a voz do locutor. Depois as saias "lambada", a minha tia ofereceu-me uma verde que se abria toda como um guarda-chuva quando eu rodopiava pela cozinha enquanto a minha mãe cozinhava e me pedia cuidado para não sujar a roupa - agora já desistiu de me fazer recomendações. Depois os cromos, aqueles com figuras engraçadas que fui colando na porta de um guarda-roupa que já deve ter voltado a ser árvore com isto da reciclagem - tenho a impressão de que às vezes não faço sentido nenhum. Depois os livros da Anita, ainda antes de saber ler, que levava para a cama dos meus pais e inventava estórias consoante as gravuras para eles adormecerem. E depois... depois fui crescendo e perdendo a memória a todas estas coisas, memória essa vou recuperando de cada vez que tomo consciência de que não posso culpar os miúdos de hoje em dia por serem como são, porque eles não experimentaram nenhuma destas coisas e só pensam em formato digital.
"Happiness is a sad song..."
A minha mãe comprava-as e estendia-me o pacote depois de me ir buscar ao infantário que se chamava Borboleta. Quando soube que eu preferia as cor-de-rosa, passou a comprar para ela também e comia todas menos essas e depois juntava muitas no mesmo pacote e oferecia-me. Isto era na mesma altura em que me comprava blocos em miniatura, perfumados e com gravuras fofinhas, e lápis também em minitura, mesmo antes de eu saber escrever - talvez a loucura tenha começado aí. Não sei o que fiz a essas coisas, mas sei que tive uma grande colecção.
Depois veio a altura dos brindes em pacotes de batatas fritas, os brincos redondos e de cores opacas e os pega-monstros. Antes ou depois disso, não tenho a certeza, a moda das chupetas, que coleccionávamos em colares. E depois a moda dos walkman, eu punha-me a gravar músicas do rádio, tentando manter o timing certo para não apanhar a voz do locutor. Depois as saias "lambada", a minha tia ofereceu-me uma verde que se abria toda como um guarda-chuva quando eu rodopiava pela cozinha enquanto a minha mãe cozinhava e me pedia cuidado para não sujar a roupa - agora já desistiu de me fazer recomendações. Depois os cromos, aqueles com figuras engraçadas que fui colando na porta de um guarda-roupa que já deve ter voltado a ser árvore com isto da reciclagem - tenho a impressão de que às vezes não faço sentido nenhum. Depois os livros da Anita, ainda antes de saber ler, que levava para a cama dos meus pais e inventava estórias consoante as gravuras para eles adormecerem. E depois... depois fui crescendo e perdendo a memória a todas estas coisas, memória essa vou recuperando de cada vez que tomo consciência de que não posso culpar os miúdos de hoje em dia por serem como são, porque eles não experimentaram nenhuma destas coisas e só pensam em formato digital.
"Happiness is a sad song..."
6 comments:
É tão verdade, querida Luna. Ainda me lembro dos cromos dos donetes e das batatas fritas, aquelas tatuages temporárias, e enfim, essas chupetes, as cadernetas, as primeiras idas ao cinema... despertaste em mim a nostalgia de tempos idos e fiquei com um aperto no coração...
beijo meu*
É tão verdade... Partilho de muitas dessas recordações...
Há uns tempos estávamos reunidos num grupo de aí uns 4 ou 5 e começou uma conversa com este tema que acabou em "God... Estaremos a ficar velhos???" (risos)
E eu: "Não faz mal! É sinal que vivemos, senão não tinhamos estas coisas para falar!" (som meloso)
LOL
LY**
Good Memories...
Sim, hoje em dia damos um dominó ou um cromo aos miudos e eles perguntam: e onde é que se liga?
Obrigada pelas recordações =)
bjs
Vou fazer com que a minha sobrinha fofa não viva em formato digital. É claro que quero que ela veja filmes, mas nada destas modernices. Ela vai ver é pocahontas, e outros clássicos da disney! Ela vai é brincar no baloiço e com berlindes. E com barbieeess. Nada de computadores nem game boys, LOL :p.
Juuas*
nunca tinha visto as chiclets coloridas! alguns miúdos de hoje em dia são assustadores... coitados. "nós" éramos bem mais pacatos.
Oh, eu lembro-me das chiclets coloridas e as que gostava mais eram as amarelas porque sabiam a banana :)! E tudo isso que falaste no post eu lembro-me. E tenho saudades. Sobretudo dos meus amigos da altura. Quando ingénuamente pensava que íamos ser amigos para sempre. Ah, boas recordações. Mais um post pra em fazer sorrir. E sonhar...
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