em pouco mais de uma semana deixei de ter tempo. tenho muito material para fazer os posts do costume, muitas fotos e pormenores engraçados, mas a vida da capital não poupa tempo às [poucas] vinte e quatro horas diárias e este tem sido um período de adaptação a muitas coisas novas. trabalhar numa empresa séria e correcta é uma delas, escrever numa área especializa[díssima] como a medicina é outra. agora estou de outro lado das estatísticas e faço parte da minoria jovem-não-precária [dentro dos possíveis]. por isso nos próximos tempos espera-se muito trabalho e entretanto acumulam-se artigos sobre os quais raramente faço ideia do que estou a escrever [just kidding], uma viagem ao sul na primeira semana de trabalho [mas continuo a ser uma condutora inexperiente, desenganem-se], uma greve infernal, uma empresa onde os patrões cumprimentam todos os funcionários com dois beijinhos ou um aperto de mão, conforme o género, logo pela manhã, muitas canetas gratuitas e rebuçados, gente nova e jovem e cheia de ambições, [muita] gente estranha no metro e no comboio, entre outros aspectos. como diz numa placa mesmo em frente à sanita da casa-de-banho da empresa «no início do dia tudo são possibilidades, no fim do dia tudo são resultados». e o resultado até agora tem sido cansativo mas muito positivo.
afinal escrever relativamente bem [isto é, sem erros] e recusar-me a aceitar a) recibos verdes, sejam eles falsos ou verdadeiros [no fundo vai tudo dar ao mesmo], b) estágios curriculares, c) estágios curriculares disfarçados, d) trabalhos noutras áreas, até compensa. infelizmente nem todos se podem dar ao luxo de recusar propostas indecentes. mas acontece que com paciência, uns pais porreiros, que nos deixam ficar em casa até aos 30 anos ou mais, umas economias para mantermos um estilo de vida confortável [tipo continuar a comprar livros e a ir passear] e algum trabalho intermédio para desenrascar, preserverança e, no meu caso, um pouco de sorte e timing, até nos conseguimos espremer por entre a multidão que procura emprego e lá se consegue um espacinho no mercado de trabalho.
"happiness is a sad song..."
4 comments:
Então se já recebes, que pagas?
Isso, isso, faz inveja ao resto da geração à rasca -.-' aposto que já nem vais àquela manif né?
Bom enfim, não me admira que estejas numa cena dessas, sempre me admirei por não seres médica [legista] ou cientista [louca] =)
Mais uma vez te desejo muito boa sorte e bom trabalho!
Beijo meu*
i'm happy for you :)
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Como já te disse, fico feliz! E um dia temos de ir lanchar :))
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