durante os dois meses em que vivi na rua do rosário, no porto, ia todos os dias a uma mercearia comprar dois pãezinhos, tipo uns pães "franceses" em miniatura; não havia uma hora apropriada e tanto fazia se era de manhã ou de tarde (manhãzinhas e tardinhas, que eu sou de extremos). de qualquer forma, a minha pontaria certeira fazia com que a minha visita calhasse precisamente quando uma fornada dos ditos pãezinhos estava a cinco minutos de sair do forno. e o senhor dizia-me "pode levar já estes, mas olhe que daqui a cinco minutos sai uma fornada". e eu esperava e nos entretantos saía, atravessava para o passeio do lado de lá e olhava para o fundo da rua e conseguia vislumbrar um resquício do rio. cinco minutos passados voltava a entrar na mercearia para levar aqueles danados, que não consigo encontrar cá na capital. tenho saudades dessa mercearia, apesar de ter detestado viver naquela zona. e sinto falta que me avisem que está para sair uma fornada de pães antes de eu levar os que já lá estão, porque no pingo doce não têm esse cuidado. além disso, esses pães aqui são chamados de "brasileiros" e são maiores, mais ocos e menos crocantes por fora.
5 comments:
Já não se fazem pães como antigamente.
aqui, com certeza, não se fazem pães como no norte. nem se fazem, nem se vendem.
Nhe nhe nhe, é tudo melhor no norte e blah bla blah. Vai para lá e abre uma padaria!
Beijo meu*
utopias a esta hora?
estás-se lá em alturas de abrir coisa alguma neste país! quanto muito abre-se falência.
HAHAHAHAHAHAHA
touché*
Vá contentemo-nos em consumir pão rasca e oco e grande demais.
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